Os voos de evacuação foram retomados no aeroporto internacional de Cabul, no Afeganistão, após cenas de caos e mortes serem registradas no local, durante a fuga desesperada de estrangeiros e afegãos do Talibã. Os voos civis ainda não foram retomados. Tropas americanas e de outros países tomaram o controle do aeroporto Hamid Karzai, e apenas voos militares para a retirada de diplomatas e civis do país estão ocorrendo no local. A operação foi suspensa no aeroporto na segunda-feira (16), após milhares de pessoas invadirem o local para tentar fugir do país, depois que o Talibã tomou a capital Cabul e voltou ao poder. Em meio ao desespero, afegãos tentaram invadir aviões estacionados e se agarraram a aeronaves prestes a decolar. Um diplomata afirmou à agência de notícias Reuters que pelo menos 12 voos militares decolaram do local. Um avião da força aérea indiana evacuou mais de 170 pessoas, incluindo o embaixador da Índia no Afeganistão, segundo a agência. A embaixada da França no país disse que um avião militar também decolou do local transportando cidadãos franceses (sem dizer quantos). O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, afirmou à emissora Sky News que a situação está "se estabilizando" no aeroporto. Principal diplomata americano no Afeganistão, o embaixador Ross Wilson, atual encarregado de negócios dos EUA em Cabul, negou relatos que teria deixado o país e disse que está ajudando cidadãos americanos e afegãos. O presidente americano, Joe Biden, que não havia se manifestado após o Talibã tomar o poder no Afeganistão, fez um pronunciamento, depois das cenas de caos no aeroporto, e defendeu a decisão de retirar as tropas americanas do país. "Os EUA não podem participar e morrer em uma guerra em que nem o próprio Afeganistão está disposto a lutar", afirmou Biden. Pessoas estão tentando deixar o Afeganistão após o Talibã tomar a capital Cabul e voltar ao poder depois de 20 anos. O presidente afegão fugiu do país, e o palácio presidencial foi tomado.