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Família de brasileira morta pelo marido na Itália luta pela guarda das crianças

Ana Cristina Duarte, de 38 anos, foi assassinada a facadas. Filhos dela estão em abrigo na Itália.

11/10/2024 10h22 - Atualizado em 11/10/2024 às 10h22
Família de brasileira morta pelo marido na Itália luta pela guarda das crianças
Divulgação

Um feminicídio ocorrido na cidade de 12 mil habitantes de Colli al Metauro, na Itália, tem tirado o sono de Dalva Duarte Santos, uma senhora de 73 anos de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). A vítima, a carioca Ana Cristina Duarte, é filha dela.
O assassinato aconteceu há pouco mais de um mês, na noite de 7 de setembro, quatro dias depois de Ana Cristina sair de casa e pedir o divórcio após mais um episódio violento do marido, o italiano Ezio Di Levrano, de 54 anos. Ao retornar ao local para ver os filhos, a mulher de 38 anos foi atacada com cinco facadas, todas no abdômen. Gravemente ferida, ela foi encaminhada de helicóptero para o hospital Tourette, em Ancona, onde faleceu. As crianças, de 6, 12 e 14 anos, presenciaram tudo e foram as responsáveis por acionar os vizinhos e a polícia, que prendeu o pai delas em flagrante.
Contudo, desde então, os filhos de Ana Cristina estão abrigados em uma estrutura do estado, sem contato com os familiares no Brasil, enquanto aguardam a finalização do processo. A burocracia também atrasou o enterro da brasileira, que só foi marcado pela prefeitura da cidade italiana para a próxima terça-feira (15). 
A brasileira estava na Itália há 16 anos. Ela foi para o país depois de conhecer Ezio no Brasil. Os filhos do casal nasceram na Itália e esse, segundo a irmã de criação de Ana, era o motivo dela permanecer na relação abusiva com o marido. De acordo com a advogada da família de Ana Cristina, o processo contra Ezio Di Levrano está correndo, na fase de investigação do Ministério Público. O italiano tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas, em 2004, e deve pegar, pelo assassinato, a condenação máxima, de 30 anos. O processo de guarda dos filhos deles, no entanto, corre paralelamente, no Tribunal de Menores, sem previsão de conclusão.


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