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23/07/2021 às 12h21min - Atualizada em 23/07/2021 às 12h21min

Resgate de bebê em escombros na China; mãe morreu

Criança ficou soterrada por um dia e uma noite sob casa que desabou, segundo a imprensa local. Chuvas torrenciais já deixaram 51 mortos e mais de 395 mil desalojados na província de Henan.

G1
Divulgação
Uma bebê foi resgatada dos escombros na China, em meio às chuvas torrenciais que já deixaram 51 mortos na província de Henan, na região central do país. Oito pessoas ainda estão desaparecidas.
A criança ficou soterrada por um dia e uma noite sob uma casa que desabou, segundo a rede de televisão chinesa CCTV. Ela foi levada para um hospital e está em condições médicas estáveis, mas a mãe não resistiu e morreu.
O nível da água aumentou drasticamente na vila de Wangzongdian, por volta das 14h de terça-feira (20), e tanto a bebê quanto a mãe ficaram presas, segundo a imprensa local.
Equipes de resgate disseram que a mulher colocou a bebê em local seguro quando um deslizamento de terra e uma enchente atingiram a casa, mas não conseguiu escapar.
Segundo os socorristas, a mãe foi encontrada congelada em uma posição em que parecia estar levantando algo. "Justamente naquele momento crucial ela levantou sua filha, e é por isso que a menina sobreviveu", disse um deles.
O resgate aconteceu na quarta-feira (21), e as imagens rapidamente viralizaram após serem divulgadas Ontem quinta-feira (22), no dia em que foi encontrado o corpo da mãe.

Quase 400 mil evacuados

Mais de 395 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas e oito pessoas continuam desaparecidas, afirmam autoridades de Zhengzhou, a capital da província de Henan.
Os danos já superam 65,5 bilhões de renminbis (mais de US$ 10 bilhões ou R$ 52 bilhões na cotação atual).
Cidade mais afetada pelas chuvas torrenciais, Zhengzhou fica a 700 km a sudoeste de Pequim e tem cerca de 12 milhões de habitantes (população similar à de São Paulo).
Choveu em apenas três dias o equivalente a um ano na cidade, o que meteorologistas chineses dizem ser um nível visto apenas "uma vez em mil anos".
Doze das 51 vítimas morreram no metrô da capital da província. Passageiros ficaram imersos dentro dos vagões, com a água na altura do peito, e estações que viraram rios.
A devastação causa pelas enchentes e o alto número de mortos geraram críticas públicas à lenta reação do governo e da operadora do metrô.
A agência meteorológica da província também foi criticada por falta de aviso, mas se defendeu dizendo que divulgou uma previsão do tempo dois dias antes da chegada das chuvas.

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