A guerra entre Rússia e Ucrânia completa seis meses. Durante estes 181 dias, o mundo acompanhou a tomada da usina de Chernobyl, a saga dos ucranianos que tentavam fugir do país, assim como as bombas na maternidade de Mariupol e o massacre de Bucha. Atualmente os principais confrontos da guerra acontecem no leste da Ucrânia, onde justamente estão localizadas as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. A forte ligação da área com a Rússia, inclusive, foi usada como pretexto pelo presidente Vladimir Putin para iniciar o conflito. O avanço contínuo das forças armadas na região, porém, não é visto pelo professor de relações internacionais da ESPM Gunther Rudzit como uma grande vitória. Para o especialista, a demora para controlar um exército menor traz um gosto “amargo” para os triunfos russos. Galiazzo segue a mesma linha de Rudzit e estipula que uma anexação oficial feita pelo governo de Putin pode ser repetida ao final da guerra, o que segundo o especialista pode levar anos. A Crimeia, península ao sul no território da Ucrânia, foi anexado pela Rússia em 2014, após tropas de Moscou tomarem a região sem resistência ucraniana, na época comandada pelo presidente interino Oleksandr Turchynov.