O Governador de São Paulo, João Doria, anunciou neste domingo (11) o cronograma para vacinação de adolescentes do estado entre 12 e 17 anos. O imunizante utilizado será o do laboratório Pfizer, uma vez que a Anvisa autorizou seu uso dentro desta faixa etária. “Para que se tenha uma ideia da importância e significado disso, é um público de 3,2 milhões de adolescentes em São Paulo”, disse João Doria. A primeira fase da vacinação, que acontece a partir de 23 de agosto, é destinada a integrantes do grupo com comorbidades, deficiências ou gestante e puérpera. A partir de 6 de setembro a imunização será aberta para o grupo geral, iniciando com as idades de 15 a 17 anos. Já no dia 20 do mesmo mês, serão vacinados o grupo de 12 a 14 anos. Assim como a vacinação prioritária para profissionais da Educação Básica, a imunização de adolescentes também foi defendida pelo Secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares, junto ao Governo de SP. “Esse tema tem sido tratado pelo Governo do Estado há muito tempo. Fomos os primeiros a falar sobre isso inclusive com as empresas que fabricam as vacinas. Então isso está no nosso radar há muito tempo”, explicou Rossieli Soares. A imunização destes jovens e crianças tem também como objetivo dar maior segurança às famílias para o retorno às aulas presenciais. À volta às aulas, porém, não está condicionada à vacinação. Segundo estudos, as crianças e jovens com deficiência e comorbidades, além de estarem sob maior risco de contrair a doença, seja pela necessidade de contato muito próximo ou por terem alguma condição de saúde, respectivamente, são dependentes da rotina e os estímulos desenvolvidos na escola que são fundamentais para o seu desenvolvimento. “Eu sou pai de uma filha de três anos e meio com deficiência, tem paralisia cerebral, e eu luto por essas crianças há muito tempo e vejo este movimento de uma forma muito significativa porque a gente já está voltando às aulas com as crianças que não têm comorbidades, com os professores vacinados, e este grupo de crianças com deficiência e comorbidades seria o único grupo que ficaria de fora deste direito que é aprender. São crianças que necessitam não só da escola como atividade de ensino, mas também de convivência social e estimulação”, declarou Wanderson Oliveira, coordenador da Comissão Médica da Educação.