As empresas que fornecem oxigênio para vários estados brasileiros veem redução no consumo no mês de maio, mas com o patamar ainda elevado. Até domingo (16), só o estado de São Paulo registrou ao todo 3.092.844 casos de Covid-19 durante toda a pandemia e 104.219 óbitos. Segundo o boletim da Secretaria de Saúde de São Paulo, que é um dos estados que mais consomem o produto, no domingo havia 21.414 pacientes internados, sendo 9.904 em Unidades deTerapia Intensiva e 11.510 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI se manteve em 78,3%. Newton Oliveira, presidente da IBG - Indústria Brasileira de Gases, uma empresa que fornece o produto para nove estados (Pernambuco, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), conta que monitora a situação e um possível aumento repentino na demanda, como houve em março. “Quando faz o lockdown tem uma queda, depois abre e começam a aumentar os casos. A gente está acompanhando. É imprevisível. Não sabemos se vai voltar ou ter pico. Estamos atentos em um possível aumento para nos organizar”, diz o diretor da empresa com a matriz em Jundiaí, no interior de São Paulo. Segundo Newton, o pico de produção foi em março. Em abril houve uma queda e, atualmente, houve a diminuição de 35% em relação a março. O produto da empresa do interior paulista não fica estocado por muito tempo. Depois de cerca de um mês, a válvula se abre e joga o produto para a atmosfera. Para se adequar à demanda, o presidente explica que foram organizadas duas frentes: a de produção e a frota de distribuição. “Aumentamos cerca de 10% dos funcionários e ainda estamos mantendo. Temos agora três turnos”, detalha.