A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) registrou que três escolas da capital notificaram surtos da síndrome mão-pé-boca (SMPB). Diante da situação, a pasta divulgou uma nota com orientações sobre como evitar a doença e agir em casos de contágio.
Os nomes das escolas municipais que notificaram os surtos e quantas crianças foram contaminadas não foram divulgados.
Segundo a SMS, considera-se surto da doença a partir de dois casos identificados em locais fechados – como escola, berçários, entre outros. A transmissão acontece por meio das fezes ou gotículas de saliva e muco nasal, inclusive em contato com superfícies contaminadas.
A pasta alerta que a doença é “altamente contagiosa”, por isso é necessário evitar contato com as pessoas contaminadas – as crianças não devem ir à escola, por exemplo. O período de transmissão, segundo a SMS, é de cerca de três semanas.
Os sintomas mais comuns, segundo a secretaria, são:
• Febre alta (de 38°C a 39,5°C);
• Manchas vermelhas com bolinhas brancas ou cinzas na boca, amigadalas e faringe (elas podem evoluir para feridas dolorosas);
• Pequenas bolhas nas palmas das mãos, rosto, punhos, plantas dos pés, nádegas e região genital;
• Vômitos e diarréia.
A SMS lembra que a doença é mais comum em crianças de até seis anos, mas pode contaminar adultos também. A pasta orientou os pais a procurarem um médico se os sintomas aparecerem.
A secretaria repassou algumas medidas preventivas que devem ser adotadas nos casos de surto, já que não há vacina contra a síndrome.
• Pessoas com sinais e/ou sintomas de SMPB não deverão frequentar escolas ou creches até liberação médica para o retorno (normalmente até o desaparecimento de todos os sintomas);
• Todo caso da síndrome deve ser encaminhado ao serviço de saúde para diagnóstico e orientações quanto ao tratamento e controle;
• Como o vírus ainda pode ser eliminado nas fezes mesmo após a cura dos sintomas, é importante orientar cuidadores, educadores e pais a lavarem as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos;
• Disponibilizar sabão líquido e papel toalha nas pias onde são realizadas a higienização das mãos das crianças e colaboradores e o álcool em gel em locais que não têm pia;
• Manter o ambiente escolar sempre bem arejado e realizar a limpeza das superfícies (mesas,carteiras, bancadas, brinquedos, maçanetas, bebedouros, etc) três vezes ao dia com água e sabão e, em seguida, passar o álcool 70% com pano seco;
• Roupas comuns e roupas de cama podem ser fonte de contágio, por isso devem ser trocadas e lavadas diariamente;
• Brinquedos também devem ser lavados com frequência e não devem ser compartilhados;
• Trocar a fralda com luvas e higienizar as mãos após a troca;
• Descartar adequadamente das fraldas e quaisquer materiais sujos com fezes;
• Evitar o contato (beijos, abraços, compartilhamento de utensílios) com pessoas contaminadas.