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27/10/2021 às 11h09min - Atualizada em 27/10/2021 às 11h09min

Com quase R$ 20 milhões em jogo, audiência entre Corinthians, Jô e clube japonês tem data marcada

Nagoya Grampus obteve vitória em tribunal da Fifa, mas Timão e atacante recorreram à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça; entenda detalhes do processo milionário

GE
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Após longa espera, o próximo capítulo da disputa entre Corinthians e Jô contra o Nagoya Grampus nos tribunais ganhou uma data para acontecer. Com quase R$ 20 milhões em disputa, o caso teve audiência marcada para os dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça.

O clube japonês venceu a primeira batalha, na Fifa. Em novembro do ano passado, o tribunal da entidade condenou Jô e o Corinthians a pagarem uma indenização de 3,4 milhões de dólares (cerca de R$ 18,9 milhões na cotação atual).

As defesas de Jô e Corinthians confiam numa vitória no CAS, que é uma espécie de Suprema Corte do Desporto. Porém, o mais comum é que as decisões da Fifa sejam mantidas nesta outra instância.

– Existe uma tendência, não é regra. Porém, é possível que o CAS mantenha a punição da Fifa, mas tire alguma parte da pena. São vários cálculos dentro do processo, então o valor final pode ser alterado – explica o advogado Cristiano Caús, especialista em direito desportivo, que recentemente defendeu o Santos em julgamento no CAS contra o meia Cueva e o Pachuca, do México - o caso é muito semelhante ao de Jô.

O veredito da Corte Arbitral do Esporte é praticamente definitivo, como explica Cristiano Caús:

– Até existe chance de recurso, mas muito limitada. Ele só é possível se houver uma clara ofensa à lei federal suíça ou alguma coisa absolutamente contrária aos princípios do direito. Aí sim é possível recorrer ao supremo Tribunal Federal da Suíça. Mas são pouquíssimos os casos admitidos, algo em torno de 2% ou 3%.

Por que Jô e Corinthians foram condenados?

O atacante voltou para o Timão em junho do ano passado, após duas temporadas no Japão.

Porém, Jô tinha vínculo com o Nagoya Grampus até o fim de 2021 e, meses antes de se transferir ao Corinthians, se desentendeu com os japoneses. O clube alega ter havido abandono de emprego do atacante e, por isso, não só suspendeu os pagamentos a ele a partir de abril, como também entrou com uma ação na Fifa pedindo uma indenização referente ao valor restante do contrato até dezembro.

O desentendimento de Jô com o Nagoya Grampus começou em fevereiro de 2020, quando o jogador machucou o joelho esquerdo.

– O treinador do Nagoya entendeu que o Jô tinha que ficar no Japão, mesmo com o clube fora para pré-temporada. Só que os fisioterapeutas e médicos viajaram com o time, estavam fora do país. O Jô entendeu que não iria se recuperar bem, precisava de uma fisioterapia que fizesse efeito e veio ao Brasil se tratar no Flamengo. Ele custeou a viagem para ter um tratamento melhor – explicou Breno Tannuri, advogado do atleta, em entrevista

Semanas depois, Jô voltou ao Japão com Cláudia, esposa dele, mas não foi relacionado para as duas primeiras partidas da temporada. Na sequência, o campeonato local foi suspenso por conta da pandemia do novo coronavírus.



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