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01/10/2021 às 11h26min - Atualizada em 01/10/2021 às 11h26min

PMs investigados por envolvimento na morte de empresário em Mairinque viram réus em processo

Justiça acatou a denúncia do Ministério Público e tornou quatro policiais militares réus pela morte do empresário.

Divulgação
Quatro policiais militares que são investigados por envolvimento na morte do empresário Reinaldo Magalhães, de 55 anos, na cidade de Mairinque, foram denunciados pelo Ministério Público, e se tornaram réus no processo. 
O promotor Thiago Garcia Totáro acredita que os PMs cometeram homicídio qualificado, porque teriam matado Rinaldo e ainda impossibilitaram que o empresário conseguisse se defender. O promotor pede que os policiais sejam levados a julgamento. A pena para o homicídio qualificado pode chegar a trinta anos de prisão.
A denúncia do MP explica que um oficial-chefe da agência de inteligência do 14º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) teria recebido a informação de que haviam drogas e armas na marina e convocou 18 PMs para a operação. A denúncia descreve que o oficial-chefe resolveu agir 'ao arrepio da lei e invadir a chácara a fim de apreender supostas armas e drogas'. Não houve autorização da justiça para fazer buscas na casa.
Cinco PMs que são investigados por envolvimento na morte do empresário 
foram indiciados por homicídio no dia 22 de julho. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram cumpridos mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar, a pedido da Corregedoria. O inquérito na PM segue em andamento, assim como o inquérito policial instaurado pela delegacia de Mairinque.
Foram presos um 1º tenente, um 1º sargento, um 2º sargento e dois cabos. As prisões são sobre a investigação relacionada com a tortura da mulher do empresário.
Anteriormente, foram recolhidos 18 celulares de policiais do Batalhão de Ações Especiais (Baep) da polícia de Sorocaba (SP). Os aparelhos foram levados para perícia.
Os PMs e parentes do empresário contam versões diferentes do que aconteceu na chácara onde o homem morava.  
O empresário também era dono de uma marina na cidade. A reconstituição foi feita em dois locais: na chácara onde a vítima morava e em uma estrada de terra.
No boletim registrado pelos PMs do Batalhão de Ações Especiais da Policia Militar (Baep) consta que Reinaldo dirigia um carro blindado em uma estrada de terra perto da Represa de Itupararanga.
Os policiais afirmam que estavam verificando uma denúncia de tráfico e procuravam por um carro branco, que estaria transportando armas e drogas. Eles também alegam que teriam visto Reinaldo com uma arma dentro do seu veículo, que era da mesma cor.
Em certo momento, ele teria saído do carro e atirado contra os três policiais, que teriam revidado, acertando dois tiros de fuzil na lataria. O empresário também foi atingido, socorrido e morreu horas depois, no pronto-socorro da cidade.
No B.O., estes PMs também alegam que estavam na cidade para verificar uma denúncia de tráfico na chácara onde Reinaldo morava. Quando chegaram ao local, teriam encontrado o portão aberto e afirmam que avistaram pessoas correndo para dentro do imóvel.
Ainda segundo o boletim, a mulher do empresário aparentava estar nervosa e disse que tinha sido agredida pelas pessoas, que correram após a chegada da equipe. Os PMs também afirmam que fizeram uma busca na casa e encontraram dois revólveres, munição e uma espingarda de pressão.
No boletim de ocorrência, o crime foi registrado como morte decorrente de intervenção policial.(RG)

 
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