As regiões de Sorocaba, Itapetininga e Jundiaí (SP) registraram um aumento de mais de 70% no número de "gatos" - as ligações clandestinas na rede elétrica - durante o primeiro semestre de 2021. De acordo com a CPFL, os registros dos meses de janeiro a julho de 2021 são 77% maiores se comparados ao mesmo período de 2020. No total, foram identificadas 6.435 ligações clandestinas desde o início do ano nas cidades da região. Os "gatos de energia", além de serem ilegais, também prejudicam os outros clientes da companhia, já que podem aumentar o índice de queda de energia nas residências e causar aumento da conta por meio da "recuperação de perdas comerciais". No mês de junho, por exemplo, os municípios tiveram um aumento de 7,81% no valor da conta de energia por causa das ligações irregulares identificadas pela companhia. Confira abaixo os números de algumas cidades da região referentes aos meses de janeiro a julho:
Sorocaba: 887 em 2020; 1.399 em 2021.
Votorantim: 79 em 2020; 335 em 2021.
Boituva: 78 em 2020; 476 em 2021.
Jundiaí: 286 em 2020; 349 em 2021.
Itupeva: 50 em 2020; 62 em 2021.
O "gato", também conhecido como ligação clandestina ou furto de energia, é o ato de desviar ou puxar energia da rede elétrica, sem o conhecimento e a autorização da concessionária responsável e sem qualquer tipo de registro da energia consumida. Já a fraude na rede elétrica é caracterizada por um ato intencional de manipulação nos equipamentos de medição da concessionária, com o objetivo de reduzir ou "zerar" o faturamento efetivo de uma unidade de consumo. Ambos são crimes previstos no Código Penal Brasileiro. A fraude pode ser caracterizada como estelionato e está prevista no artigo 171; o furto está previsto no artigo 155, § 3º. A pena para esses crimes varia de um a oito anos de prisão. Além disso, são cobrados os valores retroativos referentes ao período fraudado, acrescidos de multa. Quando a fraude ou o furto são descobertos, o responsável também pode ter o seu fornecimento de energia suspenso.