Agentes da Polícia Federal interromperam, a pedido a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partida entre Brasil e Argentina, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Quatro jogadores argentinos furaram a quarentena imposta pelo governo brasileiro por causa da pandemia da Covid-19. Em nota, a Conmebol confirmou a suspensão do jogo: “Por decisão do árbitro da partida, a partida organizada pela Fifa entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo está suspensa. O árbitro e o comissário de jogo enviarão um relatório ao Comitê Disciplinar da Fifa, que determinará as etapas a serem seguidas”. A CBF também se manifestou, criticando a decisão da Anvisa de interferir na partida apenas depois do início do jogo. Os atletas Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero entraram de forma irregular no país ao negar que estiveram no Reino Unido, o que exigiria que fossem submetidos a quarentena. Três deles entraram em campo como titulares. Apesar de a Anvisa ter notificado a Associação Argentina de Futebol (AFA) de que os atletas não poderiam deixar o hotel em que a delegação argentina estava concentrada, todos foram para a Arena Corinthians, em São Paulo. Em entrevista, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que a permanência de quatro jogadores argentinos no Brasil representa um descumprimento das regras sanitárias do Brasil e eles correm o risco de serem deportados. “Fica configurada uma infração sanitária que gera a quarentena imediata e deportação imediata. Não é possível entender que esses jogadores participem de outra coisa a não ser isto que acabei de dizer. Portanto, pedimos o apoio da Polícia Federal. Nossos agentes da Anvisa e da Polícia Federal encontram-se no estádio do Itaquera em São Paulo para dar cumprimento à lei”, disse Torres. A partida entre Brasil e Argentina foi cancelada.