A água do rio Tietê, no trecho que corta a cidade de Salto, no interior paulista, ficou preta neste domingo (29). É ao menos a terceira vez que o fenômeno é registrado nos últimos sete anos no local. A coloração escura da água, que a deixou com cor semelhante à de asfalto ou petróleo, foi registrada depois da forte chuva que atingiu a capital, que fez com que o índice de umidade superasse os 95% em quase todos os bairros paulistanos. Foi a primeira chuva na cidade desde o dia 28 de julho. A tonalidade escura volta a dominar o cenário no rio Tietê no município do interior (a 101 km de São Paulo) exatos quatro anos após o fenômeno também ter sido registrado, em 22 de agosto de 2017. Antes, em novembro de 2014, quando a água também ficou com a cor preta, milhares de peixes morreram no Tietê. Naquele ano, a água ficou com a coloração escura por ao menos três dias. Peixes de várias espécies, principalmente corimba e mandi, foram retirados mortos no trecho do rio que corta a cidade. Nos episódios anteriores, a hipótese levantada pela prefeitura para a coloração é que ela tenha sido provocada pela baixa vazão do rio, seguida de chuvas em grande volume. Isso faz com que a sujeira concentrada no fundo do rio seja remexida, causando a mancha preta, ainda conforme a administração. À época do ocorrido em 2014, a Cetesb (agência ambiental de São Paulo) informou que a grande presença de detritos e de esgoto, materiais que foram revolvidos pelo aumento do nível do rio, poderia ser a principal causa dos dois fenômenos.