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30/07/2021 às 11h05min - Atualizada em 30/07/2021 às 11h05min

Incêndio atinge depósito da Cinemateca Brasileira na zona oeste de São Paulo

Corpo de Bombeiros diz que as chamas começaram em salas que guardavam filmes históricos

Folha de São Paulo
Divulgação
Um incêndio, já controlado, atingiu um depósito da Cinemateca Brasileira, na zona oeste de São Paulo, na noite de quinta-feira (29). O prédio fica localizado na rua Othão, número 290, na Vila Leopoldina, e, segundo o Corpo de Bombeiros, não há vítimas. Cerca de 70 profissionais da corporação foram mobilizados para atuar no local.
O incêndio teria começado durante a manutenção, por parte de uma empresa terceirizada, no ar condiciado de uma sala no primeiro andar do imóvel. Ela e outra sala adjacente, que abrigam o acervo histórico de filmes da entidade, foram atingidas, bem como um terceiro ambiente dedicado a arquivos impressos.
O órgão ainda estima que as labaredas alcançaram uma altura de cerca de seis metros. Um inquérito que será conduzido pela Delegacia da Polícia Federal determinará, agora, as causas exatas do incêndio.
O prédio em questão não é a sede principal da Cinemateca, que fica na Vila Clementino, na zona sul da capital paulista. Mas o depósito atingido pelas chamas também abriga parte importante de seu acervo, como filmes de 35 mm e 16 mm, feitos de material altamente inflamável. Eles seriam cópias para exibição, não os rolos originais, que ficam em outro local.
Além deles, também ficam guardados ali o acervo da Programadora Brasil —iniciativa do antigo Ministério da Cultura para exibição de conteúdo em circuitos não comerciais—, equipamentos museológicos, como projetores antigos, e documentos, incluindo quatro toneladas de arquivos sobre políticas públicas para o audiovisual, recentemente transferidas do Rio de Janeiro.
As ruas nos arredores do imóvel foram interditadas e havia muita fumaça no local. Bombeiros chegaram a escalar o teto do edifício para controlar as chamas. Esta é a quinta vez que a entidade enfrenta um incêndio —situação semelhante já havia ocorrido em 1957, 1969, 1982 e 2016. No ano passado, esse mesmo prédio foi atingido por 
uma enchente que danificou 113 mil cópias de DVDs.
Paloma Rocha, cineasta e filha de Glauber Rocha, que acompanha a situação da Cinemateca, diz que essa é uma tragédia anunciada, já que a entidade estava sem técnicos monitorando seu acervo há pelo menos um ano, quando o governo federal demitiu funcionários dali após o fim do contrato de gestão que mantinha com a Acerp, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto.


 
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