A "Mostra Contemporânea de Curtas", promovida pelo Sesc Sorocaba (SP), exibe curtas-metragens produzidos em diversas regiões do país e que abordam temas sobre questões ambientais, sociais, políticas, comportamentais, LGBTQIA+, entre outros. As exibições acontecem de 21 a 23 de julho. Todos os curtas selecionados foram premiados ou se destacaram em festivais nacionais e estrangeiros. Dentre os destaques da programação estão a animação "Sangro", premiada no Anima Mundi 2019 como Melhor Animação Brasileira e Melhor Documentário de Animação do festival Há também o curta de ficção "A Barca", vencedor dos prêmios de Melhor Roteiro Adaptado no VI Festival Brasil de Cinema Internacional (FBCI) e Melhor Ficção no Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação (FestCurtasFundaj). As exibições acontecem gratuitamente no canal do YouTube do Sesc Sorocaba, a partir das 20h. Confira a programação a seguir:
21 de julho - Mostra Animação :
Nimbus
Direção: Marcos Buccini, 2020, PE, Livre.
"Nimbus" é uma fábula sobre fé, religião e o poder da natureza. A animação, feita em stop motion, trata de valores universais, como a miséria, as crenças e a relação do homem com a natureza.
Mãtãnãg, A Encantada
Direção: Shawara Maxakali e Charles Bicalho, 2019, MG, 10 anos.
A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido que foi morto por uma picada de cobra, iniciando sua jornada rumo à Aldeia dos Espíritos. Na animação, a divisão entre mundo dos mortos e mundo dos vivos ganha outras possibilidades de compreensão.
Subsolo
Direção: Erica Maradona e Otto Guerra, 2020, RS, 12 anos.
Três amigos frequentam diariamente a mesma academia em busca de corpos ideais. Apesar de assíduos, convivem com os frustrantes deslizes que acontecem longe das esteiras, fazendo girar as engrenagens de um ciclo interminável.
Sangro
Direção: Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto, BR, 2019, SP, 14 anos.
Inspirado em uma história real, o filme é a confissão íntima de uma pessoa que vive com HIV. Uma tentativa de desmistificar questões que sobrevivem no imaginário social em relação ao vírus da Aids.
22 de julho - Mostra Ficção :
A Barca
Direção: Nilton Resende, 2020, AL, 12 anos.
Baseado na obra "Natal na Barca", de Lygia Fagundes Telles, o curta traz o caminho tortuoso na trajetória trágica de uma mulher e o encontro com outra já desgostosa passageira que não vê motivos para sua inicial resignação diante dos acontecimentos.
Um cenário sem plateia, nem espetáculo. Um palhaço recorda os tempos de casa cheia, do encontro com seu público. Ele também lamenta a dificuldade do artista nos novos tempos. Porém, sabe que precisa se renovar.
Vai Melhorar
Direção: Pedro Fiúza, 2020, RN, 12 anos.
Nos bastidores de uma campanha política para prefeito, a apresentadora Luísa sofre com a difícil convivência entre os colegas de trabalho. É a última semana antes do primeiro turno e Luísa, longe de sua cidade e sua família, descobre um escândalo que pode comprometer toda a eleição. Agora ela precisa decidir não só o seu destino, mas o de uma cidade inteira.
O Barco e o Rio
Direção: Bernardo Ale Abinader, 2020, AM, 12 anos.
Vera é uma mulher religiosa que cuida de uma embarcação no porto de Manaus. Ela precisa lidar com a irmã Josi, com quem diverge em relação a como lidar com o barco e sobre como viver a vida.
23 de Julho - Mostra Documentário :
Rosa de Aroeira
Direção: Mônica Mac Dowell, 2020, RN, 10 anos.
O documentário retrata o cotidiano, as longas jornadas de trabalho e a força das mulheres da pequena comunidade do Reduto, localizado em São Miguel do Gostoso (RN).
B não é Biscoito
Direção: Chris Mariani e Hilda Lopes Pontes, 2020, BA, 10 anos.
Em uma tarde, quatro jovens se encontram e compartilham vivências sobre serem bissexuais em um mundo marcado pela heteronormatividade.
O Grande Amor de um Lobo
Direção: Kennel Rogis, 2018, RN, 10 anos.
Na busca pelo verdadeiro amor, um jovem faz da realidade o seu próprio filme.
Extratos
Direção: Sinai Sganzerla, 2019, SP, Livre.
Curta-metragem com imagens entre o período de 1970 até 1972 nas cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Londres, Marrakech, Rabat e a região do deserto do Saara. As imagens foram filmadas por Helena Ignez e Rogério Sganzerla no exílio, nos anos de chumbo. O filme é também sobre a esperança. Algo afável é possível, mesmo quando há indicações do contrário.