O governo de São Paulo lançou hoje o programa Bolsa do Povo Educação, que concederá o valor de R$ 500 mensais para 20 mil parentes de alunos atuarem em escolas do estado. As informações foram divulgadas pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. - O governo do estado de São Paulo lança o programa Bolsa do Povo Educação, com o pagamento R$ 500. Um programa inédito no país e que começa a funcionar em agosto. O programa vai contratar 20 mil pessoas para trabalhar nas escolas 4 horas por dia recebendo R$ 500 por mês. “As inscrições começam em 19 de julho e vão até 31 de julho.” De acordo com o governador, pais e responsáveis de alunos serão os potenciais contratados no programa para prestar apoio para as equipes escolares no cumprimento do controle sanitário nas instituições. Segundo o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, serão investidos R$ 60 milhões neste ano a partir de agosto. "É uma aproximação entre a escola e a comunidade, mas também para garantir mais oportunidades para os estudantes e as próprias famílias." As inscrições devem ser feitas pelo site do programa, e serão avaliados pela comissão escolar. Após as entrevistas, os candidatos serão validados pela Diretoria de Ensino. A previsão é que as primeiras contratações aconteçam em 16 de agosto. Rossieli disse ainda que o estado esteja solicitando às escolas para que as instituições fiquem abertas para que as pessoas que tiverem dificuldades em se cadastrar pelo site possam usar o espaço para realizarem as candidaturas. - Estamos dando um grande passo para ajudar pessoas que precisam ajudar as próprias escolas. O segundo semestre e o próximo ano serão os anos mais difíceis das nossas escolas. Juntar forças com as famílias será algo fundamental. Apesar de Doria dizer que o projeto é inédito, a Prefeitura de São Paulo lançou no início do ano o programa de mães guardiãs, que são responsáveis por ajudar na fiscalização dos protocolos sanitários e de distanciamento social nas escolas da rede. Ao todo, mais de 3.500 mulheres têm o contrato de seis meses e recebem bolsa auxílio de R$ 1.155,00 por mês, o dobro do valor que será oferecido pelo governo estadual. A carga horária dos programas, porém, é diferente. No estado, os parentes cumprirão 20 horas semanais. Já na rede municipal, as mães trabalham 24 horas e têm mais 6 horas de capacitação.