Dois jovens, de 24 e 28 anos, e uma garota de 18 foram detidos por estelionato, associação criminosa e posse de entorpecentes em Juiz de Fora no Estado de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar (PM), eles tentavam enganar uma idosa de 79 anos para pegar o cartão bancário dela. Pelo menos outras quatro vítimas do trio, todas idosas e do sexo feminino, foram localizadas. O trio foi descoberto após denúncia da acompanhante da vítima. Elas chamaram a PM e relataram que receberam uma ligação telefônica em que uma pessoa se passava por funcionário do Banco do Brasil e dizia que tinha feito compras no cartão da vítima. O falso funcionário solicitou que ela entrasse em contato com o serviço de atendimento ao consumidor, no número que consta no verso do cartão. Na ligação, o suposto atendente solicitou a confirmação dos dados pessoais da idosa e reafirmou que fizeram uma compra no valor de R$ 2 mil, que deveria ser um caso de clonagem, e que em cerca de dez minutos seria enviado um funcionário para recolher o cartão clonado. Os policiais esperaram até que o rapaz de 28 anos chegasse ao local. Ele desceu de um carro da cidade de Mairinque (SP) usando um capacete e tocou a campainha da casa da vítima. Ao perceber que seria abordado, o jovem correu e entrou no carro, que foi parado pelos policiais. Dentro do veículo, foram encontrados R$ 140,95 em dinheiro, três celulares, um cartão de crédito e uma contestação de compra em nome de outra provável vítima, de 76 anos. O jovem contou que ele e o motorista, vieram até Juiz de Fora para aplicar golpes e que a terceira criminosa estava em uma granja alugada por eles. Equipes da PM receberam a informação e detiveram a criminosa no local, que contou aos policiais que sabia do planejamento das ações criminosas. Na granja, foram localizadas quatro máquinas de cartão do tipo débito/crédito, que os detidos disseram pertencer a eles e que eram usadas para a ação criminosa. Além disso, foram encontrados nove cigarros semi-combustos e uma bucha de maconha. De acordo com informações da 70ª Companhia da PM, os autores afirmaram que uma central em São Paulo seria responsável por enganar as vítimas. Quando há desconfiança, eles sugerem ligar para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e a central clandestina prende a ligação. Desta forma repassava aos detidos as informações pessoais das vítimas para que agissem pessoalmente. Eles receberam voz de prisão em fragrante pelo crime de estelionato e foram conduzidos para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil em Santa Terezinha. O trio teve a prisão ratificada por estelionato e foram encaminhados para a unidade prisional em Juiz de Fora. O caso segue para investigação na Polícia Civil.