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21/05/2021 às 13h51min - Atualizada em 21/05/2021 às 13h51min

MC Bin Laden diz que foi censurado por produtores e quer voltar ao 'funk de quebrada'

Cantor fala sobre pressão com aparência, dificuldade de ajudar duas famílias na pandemia e de novo feat com astros do K-pop.

G1
Divulgação
Aos 26 anos, MC Bin Laden é tranquilão. Ele não teve muitos trabalhos durante a pandemia e as lives não foram o espetáculo rentável dos sertanejos, "era mais uma social, de um dia". Acostumado a fazer de 20 a 15 shows por mês, Jefferson Cristian dos Santos Lima viu a situação apertar.
“Meu problema é que eu moro sozinho e tenho duas famílias, uma família que é de sangue e uma que me adotou. Não é que eu banco, mas ajudo no que posso. Mas eu também tinha funcionários, então um ano sem shows é um arrombo muito grande”.
Mas ele não se abalou por dois motivos: saúde mental controlada e fé muito forte.
"Eu vim do lixo, passava fome, a gente sabe dar valor ao pouco que tem, ao muito que tem. Eu sou muito tranquilo em relação à saúde mental, tenho um controle emocional muito grande."
"Acredito que por ser da igreja, ter muita fé em deus, ler muito a bíblia, acho que isso me ajuda muito, então eu fiquei tranquilão, cuidando da saúde e torcendo para isso tudo passar logo", conta.
Ele aproveitou a quarentena para testar como seria lançar as músicas que ele queria fazer, sem pensar em bombar.
"Fizemos alguns clipes, não eram músicas para trabalho porque não tem como lançar música pra trabalho no meio da pandemia. Acredito que a maioria dos artistas projeta música pensando em carreira, show, tudo o mais. E isso tudo está parado. Eu lancei pra ter constância de trabalho, pra ter giro."
A partir de agora, vem à parte estratégica: voltar para o funk "do Brasilzão mesmo, de quebrada". Ele faz isso para voltar a ser como era quando "Tá tranquilo, tá favorável" estourou, em 2015
Nos últimos anos, lançou músicas com vários artistas internacionais: os americanos Diplo e Skrillex, o espanhol C. Tangana, o francês Sadek, o duo colombiano Salt Cathedral, o grego Fy. 
Causou comoção no Rock in Roma, na Itália. Mas, tudo tem um preço: por conta dessa carreira lá fora, se afastou das origens e perdeu o timing do funk nacional.

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