O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na quinta-feira (11) a chamada "Lei das Saidinhas", que restringe a saída temporária dos presos do semiaberto. De acordo com o texto da lei sancionada, presos condenados por crimes considerados hediondos, com violência ou grave ameaça, como estupro, homicídio, latrocínio e tráfico de drogas, não poderão usufruir do benefício. A medida, no entanto, não afetará casos de grande repercussão no país como, os de Robinho, Alexandre Nardoni e Cristian Cravinhos Alexandre Nardoni foi condenado em 2010 a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de sua filha, Isabella Nardoni. A criança, com 5 anos na época, foi jogada por Alexandre e pela madrasta da janela de um apartamento em São Paulo. O encarceramento de Nardoni já progrediu para o regime semiaberto, que ele poderá seguir usufruindo. É a mesma situação de Cristian Cravinhos. Condenado a 29 anos pela participação do assassinato do casal Von Richthofen, crime que aconteceu em 2002, Cristian chegou a desfrutar do regime aberto em 2017, mas perdeu o benefício após ter se envolvido em episódio de suborno de policiais. Desde 2022, ele está no regime semiaberto. A dupla não perdeu seus privilégios, apesar da nova Lei das Saidinhas, devido à Lei da Retroatividade. Importante lembrar que a lei aprovada permite aos presos em regime semiaberto saírem em datas festivas e feriados para visitar suas famílias. Logo, no caso de Robinho, condenado por estupro coletivo em caso ocorrido na Itália, o ex-jogador também não seria beneficiado. Ele foi preso no último dia 21 de março, e ainda se encontra em regime fechado. Outros casos de grande repercussão, como o de Lindemberg Alves, condenado a 39 anos de prisão pelo assassinato da namorada Eloá Pimentel; e de Gil Rugai, que matou o pai e a madrasta a tiros, também não serão afetados pela nova lei sancionada. Ambos também se encontram no regime semiaberto.