O caso da suposta injúria racial do lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, contra o meia Edenilson, do Inter, passará por uma perícia de leitura labial, conforme a Polícia Civil. A delegada Ana Luiza Caruso, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, afirmou que o Instituto-Geral de Perícias (IGP) será acionado para verificar as imagens da confusão e dar seu parecer sobre o caso.
Durante o empate em 2 a 2 entre Inter e Corinthians, no Beira-Rio, o meio-campista acusou o defensor de chamá-lo de "macaco". O lance aconteceu aos 30 minutos do segundo tempo, e o jogo ficou parado por cerca de quatro minutos. O atleta corintiano nega a suposta injúria, mas foi preso e liberado após pagamento de fiança.
Segundo a delegada, a leitura labial será solicitada para auxiliar na investigação, mas ainda sem data para ocorrer. De qualquer forma, a responsável pelo inquérito afirma que já há indícios do crime de injúria racial.
Após a partida, Edenilson registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Ele prestou depoimento em uma sala do Beira-Rio juntamente com o presidente do Inter, Alessandro Barcellos. O árbitro da partida, Bráulio da Silva Machado, foi ouvido na sequência. Ele relatou o ocorrido em súmula. Rafael Ramos foi preso em flagrante por injúria racial, mas liberado após pagamento de fiança de R$ 10 mil. Depois disso, o lateral concedeu entrevista, reiterou que não cometeu o crime e disse que foi mal entendido.