26/11/2021 às 14h45min - Atualizada em 26/11/2021 às 14h45min
Ex-padrasto suspeito de envolvimento na morte de vendedora de 24 anos perseguia a jovem, diz polícia
Anna Carolina Pascuin Nicoletti foi encontrada morta pelo namorado no dia 13 de novembro, em Sorocaba (SP), com uma marca de tiro na cabeça. Jovem já havia denunciado suspeito por violência doméstica.
g1
Divulgação O ex-padrasto preso suspeito de envolvimento na morte da vendedora e estudante Anna Carolina Pascuin Nicoletti, de 24 anos, perseguia a jovem de forma online e na rotina, segundo a Polícia Civil. O advogado está detido temporariamente por 30 dias enquanto as investigações continuam. O ex-padrasto foi preso por causa do histórico de perseguição e violência contra a jovem, que chegou a pedir medida protetiva contra ele.
Ana Carolina foi encontrada pelo namorado morta em um apartamento no bairro Wanel Ville, em Sorocaba (SP), no dia 13 de novembro. A polícia informou que ela já havia denunciado o ex-padrasto por violência doméstica em 2020, logo após ele ter saído da prisão.
O homem foi preso na quarta-feira (24), em Pilar do Sul (SP). Ele foi levado para a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba, onde foi interrogado, e permaneceu calado. A identidade dele não foi divulgada.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito mantinha um relacionamento com a família da vítima havia cerca de 15 anos. No entanto, a vítima chegou a registrar um boletim de ocorrência por ameaças e tinha uma medida protetiva de urgência contra o suspeito.
Entre os episódios de perseguição, o homem chegou a se matricular na mesma faculdade que a jovem, passava perto do trabalho de carro e perguntava sobre ela para amigos.
Segundo a investigação, o homem era considerado um stalker - crime de perseguição, conhecido também como "stalking" (em inglês). Os depoimentos de conhecidos da vítima e de parente sobre a suposta obsessão e uma possível arma guardada na casa dele foram embasados no pedido de prisão.
A prisão temporária de 30 dias pode ser renovada para mais 30 ou convertida em preventiva.
O advogado chegou a ser preso e cumprir pena por crime sexual contra menor e armazenar pornografia infantil em Pilar do Sul, cidade onde morava e trabalhava. Atualmente, ele estava em regime aberto e teria que cumprir medias impostas pela Justiça.
O corpo da vítima foi encontrado pelo namorado, que chegou ao local por volta das 11h do dia 13 de novembro. Ele contou à polícia que percebeu a porta meio aberta, mas sem sinais de arrombamento.
Anna estava na cama, com uma marca de tiro na cabeça. O namorado dela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou a morte.