Um tropeço do Flamengo, diante do Grêmio, e uma vitória sobre o Palmeiras. Era tudo o que o torcedor do Atlético-MG esperava na noite desta terça-feira para ter a chance de ser campeão brasileiro no domingo, em casa. Mas não será diante do Fluminense que o Galo poderá encerrar um jejum que dura desde 1971.
O Rubro-Negro até que tropeçou, mas o Atlético não conseguiu bater a equipe reserva do Palmeiras. O empate em 2 a 2, no Allianz Parque, adia em pelo menos uma rodada a possibilidade de o atleticano, enfim, comemorar a conquista do Brasileirão.
Se para o Atlético fica, inevitavelmente, um gosto amargo do empate, para o Palmeiras o resultado não foi dos piores: a poucos dias da decisão da Copa Libertadores, alguns jogadores foram bem e ganharam pontos com o técnico Abel Ferreira como opções para o confronto com o Flamengo em Montevidéu (URU), no sábado (27). Wesley e Deyverson anotaram os gols palmeirenses, enquanto Zaracho e Hulk fizeram os gols do Galo.
Um time formado quase totalmente por reservas. A exceção foi Marcos Rocha, que está suspenso e não pode jogar a final da Libertadores. Mesmo assim, a equipe alviverde fez frente ao líder do Brasileirão. A bola estava mais com o Galo, mas era o Palmeiras quem chegava com mais perigo na primeira metade da etapa inicial. O Verdão ficou duas vezes na frente e até poderia conseguir um resultado melhor, mas não conseguiu parar o forte ataque atleticano.
Talvez a proximidade da conquista do Campeonato Brasileiro seja a explicação, pois o Atlético se apresentou muito mais nervoso do que o comum. A equipe alvinegra cometeu erros que não costuma cometer. A defesa, por exemplo, esteve muito mais vulnerável do que nas rodadas anteriores. Ofensivamente o time atleticano também não mostrou a força de outros momentos. Não perdeu, mas não foi o suficiente para ganhar o Brasileirão no domingo.
Palmeiras e Atlético fizeram um jogo bastante movimentado no Allianz Parque. A equipe da casa saiu na frente, aos 27 minutos, com Wesley. O empate atleticano aconteceu menos de dez minutos depois, aos 36, com Zaracho. O segundo tempo seguiu quente. Aos dez, Everson defendeu o pênalti batido por Patrick de Paula. Mas no lance seguinte, aos 11, o goleiro atleticano saiu mal da meta e Deyverson apenas escorou para fazer 2 a 1. A vantagem palmeirense não durou muito, já que aos 15 Hulk empatou. O atacante do Galo ainda acertou a trave, aos 23. Mas a melhor chance desperdiçada foi do Palmeiras,com Victor Luis, aos 34. O lateral estava sozinho, na frente do goleiro, e isolou a bola.