O BC (Banco Central) revisou sua previsão para o crescimento da economia em 2021. A nova estimativa aponta para a expansão de 4,7% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil. O índice de 0,1 ponto percentual maior que o da projeção anterior consta do Relatório de Inflação. Segundo o BC, a projeção depende da continuidade do esfriamento da pandemia de Covid-19, da diminuição dos níveis de incerteza econômica ao longo do tempo e da manutenção do regime fiscal de controle das contas públicas. Entretanto, há fatores que restringem o ritmo de recuperação no segundo semestre deste ano e durante o ano seguinte. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou novamente a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista da política monetária para conter o avanço da inflação. As informações utilizadas para a projeção também já incluem os preços mais elevados da energia elétrica em razão da crise hídrica, mas não contemplam o cenário de restrições diretas ao consumo de eletricidade. Outros riscos apresentados pelo BC são a própria evolução da pandemia, que continua sendo monitorada, e ações que piorem as expectativas sobre a trajetória fiscal. Por outro lado, segundo o BC, os indicadores econômicos recentes sugerem continuidade da evolução positiva da atividade doméstica, com “recuperação robusta” do crescimento da economia ao longo do segundo semestre.