O vendaval desta terça-feira (21) no Rio arrancou quase 100 árvores, destelhou casas e uma escola e até jogou um muro para cima de carros (assista ao vídeo acima). Bairros em diferentes pontos do município ficaram sem luz, houve atraso nos trens e no metrô e a Ponte Rio-Niterói fechou. E vem mais ventania por aí: nesta quarta (22), há previsão de rajadas de até 60 km/h — o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou um pico de 77,8 km/h no Forte de Copacabana. Chove a qualquer hora do dia, de forma leve a moderada. O mar está de ressaca, com ondas de até 3,5 metros. A primavera começa nesta quarta, às 16h21. A tendência é que as instabilidades percam força sobre o estado a partir da quinta (23). As rajadas da tarde de terça derrubaram um dos muros do prédio da Oi, na Rua Adelaide Chiozzo, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. O prédio da companhia é vizinho de um condomínio. A estrutura atingiu vários carros que estavam estacionados. Uma câmera de segurança registrou o momento da queda. Na manhã desta quarta, três veículos ainda estavam sob escombros do muro. Até as 20h30 de terça, a prefeitura tinha mapeado 87 árvores caídas pela cidade, mas ainda havia troncos e galhos atravessados na manhã desta quarta. Em Irajá, um galho caiu dentro do quintal da casa de uma senhora de 75 anos. Há oito meses os moradores pediam a poda da árvore, que fica na rua. O Globocop, ao sobrevoar Vila Isabel nesta quarta, registrou uma árvore atravessada na Rua Senador Nabuco. A Light informou na manhã desta quarta que 125 equipes foram mobilizadas durante a tarde e a noite de terça para reparar pontos sem luz. Os bairros mais afetados eram Tijuca, Bonsucesso, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes. Em Botafogo, após um curto blecaute, a energia voltou em meia fase, o que poderia danificar equipamentos. Moradores da Rua Álvaro Ramos, por exemplo, ficaram nove horas nessa situação. Por precaução, a Ponte Rio-Niterói foi interditada, das 14h40 às 15h, quando fortes ventos varriam a Baía de Guanabara. A reabertura foi feita com auxílio de caminhões para reduzir a velocidade do tráfego. A circulação de trens da Supervia foi suspensa temporariamente, por volta das 15h, nos ramais Japeri, Santa Cruz (interligado ao Deodoro), Belford Roxo e Saracuruna e nas extensões Paracambi, Vila Inhomirim e Guapimirim. A Supervia disse que os ventos poderiam provocar risco às estruturas. Houve tumulto na Central do Brasil: mesmo com placas mostrando que a circulação estava suspensa, passageiros pularam as catracas.