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16/09/2021 às 15h34min - Atualizada em 16/09/2021 às 15h34min

Polícia Civil prende 32 pessoas em operação contra maior quadrilha de agiotas do Rio de Janeiro

Operação àbaco cumpriu 65 mandados de prisão

Divulgação
A Polícia Civil realiza a Operação Ábaco para cumprimento de 65 mandados de prisão preventiva e 63 de busca e apreensão contra uma das maiores quadrilhas de agiotagem e extorsão do Rio de Janeiro. As investigações apontam que o grupo, extorquiu R$ 70 milhões das vítimas nos últimos quatro anos e não parou de atuar nem mesmo com a pandemia do Coronavírus. Até o momento, 32 pessoas foram presas.
As investigações para identificar os alvos e desarticular a quadrilha duraram 11 meses e foram conduzidas pela 76ª DP (Niterói). A operação conta com mais de 200 agentes de unidades que integram os 4º, 5º e 7º Departamentos de Polícia de Área (DPAs); Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI) e Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), além de polícias civis de outros estados.
Em janeiro deste ano, o líder do principal núcleo da organização criminosa, dono de um famoso quiosque na Praia de Camboinhas, Região Oceânica de Niterói, foi preso no Centro de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Durante as investigações, outros nove integrantes da quadrilha foram presos em diferentes cidades do Rio de Janeiro. Três deles possuíam mais de 15 mandados de prisão, cada um.
As investigações revelaram que a quadrilha chegou a manter 70 escritórios em diversas cidades do Brasil. Além da prática da agiotagem clássica caracterizada pelos empréstimos a juros abusivos, na maioria das vezes superiores a 30% mensais, a organização criminosa também fazia vítimas cobrando dívidas antigas, que foram contraídas com agiotas que integravam o esquema, mas que já tinham sido quitadas.
Os bandidos também praticavam extorsões cobrando dívidas fictícias de empréstimos que nunca existiram. Para aterrorizar ainda mais as vítimas, os criminosos utilizavam sites de consulta, onde obtinham dados pessoais de parentes e vizinhos e, em seguida, telefonavam para eles e mandavam repassar recados ameaçadores às vítimas com a intenção de que o pavor provocado induzisse o pagamento das supostas dívidas.


 
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