O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 13, que vai reduzir o PIS/Cofins sobre o diesel de R$ 0,31 para R$ 0,27 com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes. A redução de alíquota seria compensada pelo fim de isenção tributária para um setor que Bolsonaro se recusou a revelar. “Nós pegamos uma isenção - não vou entrar em detalhe aqui - e deixamos de dar essa isenção para tal setor e o que fizemos com isso? Nós apontamos para reduzir PIS/Cofins do diesel”, disse durante discurso em cerimônia de sanção da lei que permite a privatização da Eletrobrás. No início do ano, para bancar o subsídio ao diesel e ao gás de cozinha, o governo propôs ao Congresso aumentar a tributação sobre os bancos e a indústria química e restringir os benefícios na compra de veículos por pessoas com deficiência. Bolsonaro destacou o impacto do aumento do preço dos combustíveis nos demais produtos. “No transporte está a alma da nossa economia. Se encarece muito, o preço é sentido nas prateleiras”, disse. Caminhoneiros chegaram a ensaiar greve em protesto contra os reajustes do preço do diesel de acordo com a variação do valor do barril do petróleo no mercado internacional. Este impasse motivou a demissão do ex-presidente da PetrobrásRoberto Castello Branco, substituído pelo general Joaquim Silva e Luna. A troca no comando da estatal provocou celeuma entre Guedes e o presidente, que descumpriu promessa de dar autonomia às estatais e ao ministro da Economia. A política de preços praticada por Castello Branco fazia parte da agenda liberal encampada pela campanha que elegeu Bolsonaro em 2018.