Os ministros da Educação, Milton Ribeiro, e da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmaram que as pastas discutiram a criação de um protocolo de segurança contra a covid-19 estabelecendo regras para o retorno das aulas presenciais no país. Em conversa com jornalistas em Brasília, ao lado de Ribeiro, Queiroga afirmou que esse protocolo será estabelecido por uma portaria interministerial do Ministério da Saúde, Ministério da Educação e AGU (Advocacia-Geral da União). Os ministros não disseram quando deve ser publicada essa portaria nem quando deverá ser o retorno das aulas presenciais no país. A maioria das escolas e universidades públicas está fechada desde março do ano passado por causa da pandemia do coronavírus. Queiroga rechaçou o discurso de que seria necessário vacinar crianças e adolescentes para retomar as aulas presenciais de forma segura. Segundo ele, "há um consenso" entre especialistas de que vacinação não é "pré-requisito" para a reabertura das escolas. O ministro da Saúde ainda ressaltou a campanha de vacinação do governo brasileiro e disse que a narrativa de que o Brasil vai mal na vacinação "está se dissolvendo". O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o governo estuda como reduzir o risco de transmissão do coronavírus nas escolas. Sem confirmar nenhuma medida, o ministro deixou em aberto a possibilidade de se fazer um rodízio de alunos, em que uma parte iria à escola e a outra assistiria à aula pela internet. Ribeiro afirmou ainda ter passado "vergonha" em uma reunião com ministros da Educação de países do G20 porque o Brasil, segundo ele, seria o único a não ter retomado as aulas presenciais.