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18/06/2021 às 16h24min - Atualizada em 18/06/2021 às 16h24min

Dois policiais civis são presos em operação do Gaeco em São Paulo

São cumpridos 2 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão contra autoridades de segurança envolvidas com crime organizado

R7
Divulgação
Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) fazem uma operação no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) contra policiais envolvidos em ações criminosas. Dois agentes foram presos na manhã desta sexta-feira (18) por seqüestro e extorsão de um líder de facção. 
A ação tem o apoio da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e do 4º Batalhão de Choque da Polícia Militar (GATE/BOPE). Entre os investigados estão quatro policiais civis e dois advogados.
A Operação Quebec Sierra Juliet cumpre dois mandados de prisão e dez mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores. 
Durante as investigações, um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), conhecido como Armani, preso em 18 de novembro de 2020 na operação Fast Track, foi supostamente seqüestrado por policiais civis integrantes do Deic em 24 de julho.
O suspeito teria deixado a residência por volta das 11h, quando passou a ser seguido por policiais, que faziam uso de um veículo furtado no estado do Rio de Janeiro e desviado para São Paulo.
Quando o homem parou em um posto de gasolina, foi seqüestrado pelos agentes, que o algemaram e o colocaram no banco de passageiros do próprio veículo. Os quatro sequestradores se dividiram entre dois automóveis. Segundo a polícia, primeiro os agentes teriam exigido R$ 300 mil pela libertação do suspeito. Eles alegaram que tinham conhecimento de que a vítima ocupava função de comando na facção criminosa e que sabia que ele havia recebido R$ 1,5 milhão para financiamento da célula federal. Com a negativa inicial de pagamento, a vítima foi conduzida até a residência.
Segundo as investigações do Ministério Público, os policiais ingressaram no imóvel sem mandado judicial, localizaram a quantia de R$ 15 mil, que foi levada pelos investigadores. Em seguida, a vítima foi levada até a sede do Deic, onde os sequestradores teriam feito nova exigência de pagamento como condição para libertação do homem.
A sede do departamento teria sido usada como uma espécie de cativeiro.
 
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