Cerca de 10 mil dos 80 mil voluntários previstos para trabalhar nos Jogos Olímpicos de Tóquio desistiram nos últimos meses, revelaram os organizadores a 50 dias para a abertura do evento. O diretor-geral de Tóquio-2020, Toshiro Muto, revelou à imprensa local na noite de quarta-feira que cerca de 10 mil voluntários desistiram de trabalhar no evento nos últimos meses, principalmente devido a preocupações com a covid-19. “Acredito que não há dúvida de que uma das razões é a preocupação com as infecções por coronavírus”, afirmou. Outros se retiraram por motivos de calendário, depois que os Jogos foram adiados por um ano, ou para protestar contra os comentários sexistas do ex-presidente de Tóquio-2020, Yoshiro Mori, que foi forçado a renunciar em fevereiro e foi substituído por Seiko Hashimoto. Alguns voluntários também podem estar entre os cerca de 80% dos japoneses que se opõem à realização da competição este ano, de acordo com pesquisas nacionais. Os estudos em Tóquio revelaram uma distribuição mais uniforme (50-50) entre apoiadores e opositores. Muto garantiu que o menor número de voluntários não afetaria os Jogos. A própria Seiko Hashimoto disse a um jornal esportivo local que descartava um novo adiamento e que o cancelamento só ocorreria em circunstâncias catastróficas, se a maioria das delegações fosse impedida de ir ao Japão. Os Jogos Olímpicos estavam programados para 2020, mas foram adiados por um ano devido à pandemia de coronavírus. As Olimpíadas estão previstas para ser disputadas de 23 de julho a 8 de agosto.