O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o novo recurso da defesa do ex-jogador de futebol Robinho. Ele está preso desde março de 2024 por ter cometido estupro coletivo na Itália. Na apelação, seus advogados defendem que a sentença seja revisada segundo as leis brasileiras. De acordo com eles, a pena correta seria de seis anos, a ser cumprida inicialmente em regime semiaberto, e não os nove anos de reclusão impostos pela justiça italiana. O ministro relator do caso, Francisco Falcão, negou o embargo e destacou que o tema já foi apreciado anteriormente pelo STF em três ocasiões, com placar de 9 a 1. O outro ministro Herman Benjamin afirmou que o recurso apresentado pela defesa do ex-jogador não trouxe nenhum ponto relevante que justificasse o destaque. Na semana passada, o Supremo já havia decidido deixar Robinho preso, com a votação feita na casa de 10 votos a favor da prisão. O único ministro a votar contra foi o Gilmar Mendes, argumentando que segundo o artigo 100 da Lei de Migração — em vigor desde 2017 e referente ao cumprimento de penas por estrangeiros — não pode ser aplicado retroativamente ao caso de Robinho, já que o crime que motivou sua condenação na Itália aconteceu em 2013, antes da criação da norma. Contudo, continuará seguindo sua pena de 9 anos.
