A promotora Maria Aparecida Castanho, que atuava no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) contra o crime organizado, faleceu nesta quarta-feira (5) por conta de sequelas relacionadas à Covid-19. Ela estava internada no Hospital Dr. Miguel Soeiro, da Unimed Sorocaba havia quase dois meses.
A promotora do Gaeco era bastante conhecida na cidade e região por conta de sua atuação no MPSP. Em Sorocaba, por exemplo, ela foi muito atuante em várias investigações por meio do Gaeco, e que tiveram bastante repercussão na sociedade sorocabana.
Uma das mais recentes investigações comandadas pelo Gaeco e que a promotora Maria Aparecida Castanho atuou foi a Operação Casa de Papel, que investigou contratos sob suspeita na Prefeitura de Sorocaba em 2019. A investigação ocorreu em conjunto com a Polícia Civil, MPSP e Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP).
Natural de São Caetano, a 14ª promotora de Justiça de Sorocaba ingressou na instituição por meio do 79º Concurso de Ingresso na Carreira do Ministério Público de São Paulo, tendo sido nomeada substituta da 22ª Circunscrição Judiciária (Itapetininga) em 19 de novembro de 1997.
Maria Aparecida também atuou na Promotoria de Combate a Violência Doméstica e, atualmente trabalhava na Promotoria de Combate a Improbidade Administrativa. Ela deixa esposo e três filhos.
Após contrair o novo coronavírus, a promotora chegou a ser entubada. No meio do tratamento, contraiu uma bactéria, provocando o agravamento de seu estado de saúde.