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04/05/2021 às 11h08min - Atualizada em 04/05/2021 às 11h08min

Buffett defende petroleiras, se arrepende de vender Apple e enaltece economia americana

Conglomerado teve lucro de US$ 11,7 bilhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de US$ 50 bilhões no mesmo período do ano passado

InfoMoney
Divulgação
A força da economia americana, o erro ao reduzir a participação na Apple e a defesa do investimento recente na petroleira Chevron estiveram entre os temas abordados por Warren Buffett no aguardado encontro anual da Berkshire Hathaway, realizado virtualmente neste sábado (1).

Com mais de três horas de duração, o encontro contou também com a participação de Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire desde 1978, que falou sobre sua percepção quanto aos ativos digitais.

Durante o evento, o megainvestidor afirmou que “provavelmente foi um erro” ter reduzido a participação na 
Apple durante o ano passado, diante das perspectivas para o negócio frente ao aumento da digitalização da sociedade.

Já sobre o investimento recente na petroleira Chevron, a despeito das discussões crescentes no mercado sobre os investimentos sustentáveis, Buffett defendeu o negócio. Ele fez referência aos investimentos que a Berkshire fez nas varejistas Costco e Walmart, que vendem cigarros em suas lojas. “Se você espera perfeição no seu cônjuge, nos amigos ou nas empresas, não a encontrará”, disse Buffett.

Sobre a redução no setor de bancos, ele disse que ainda gosta do negócio, mas que não estava confortável com sua proporção dentro do portfólio frente ao risco esperado. De toda forma, Buffett afirmou também que “os bancos americanos estão em forma bem melhor do que há 10, 15 anos.”

Questionado durante o evento por não ter adotado uma postura mais agressiva para aproveitar os preços em baixa na fase mais aguda da pandemia, Buffett reconheceu que não foi o melhor momento da Berkshire no mercado, mas disse também que, naquele momento, ainda não se vislumbrava o tamanho do socorro financeiro por parte do governo americano.

“Nosso negócios se saíram muito bem, mas ainda há problemas em alguns setores que foram dizimados, como viagens aéreas”, disse Buffett, lembrando ter uma posição relevante em American Express que depende de uma retomada do turismo internacional

 
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