Uma estudante de 21 anos morreu após dar entrada em um hospital municipal de Silvânia (GO) com uma forte crise de ansiedade. A unidade afirmou que Vitória dos Santos teria ingerido doses elevadas de medicamentos, mas um laudo comprovou poucas quantidades da substância. Diante da situação, a família da jovem alega que o caso pode ter sido um erro médico e negligência. O laudo foi feito pelo Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, mostrando que a estudante não tentou cometer suicídio.
Já o Hospital Municipal de Silvânia alegava que Vitória ingeriu 60 comprimidos à base de lítio. O documento comprovou que a jovem tinha pouquíssima quantidade do medicamento, usado para casos de depressão e transtorno bipolar.
Vitória morreu em 9 de julho, entrando no hospital seis dias antes, com crise de ansiedade. Segundo familiares da jovem, o médico teria indicado remédios contraindicados ao quadro clínico dela, com doses 200% maiores que o recomendado. A mãe da jovem também é farmacêutica do hospital.
Com a superdosagem, a estudante foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ao Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia. Ela ficou sete dias internada, sendo constatada a morte encefálica.
Após mandados de busca e apreensão no hospital de Silvânia, servidores públicos foram afastados, como o médico diretor clínico, a coordenadora da enfermagem e a secretária municipal de Saúde. Esta última foi flagrada por câmeras de segurança do hospital ocultando provas para esconder as medicações usadas na paciente. Uma decisão judicial, porém, determinou o retorno dos profissionais aos cargos. Em nota, a prefeitura afirmou que não vai se manifestar sobre o laudo emitido pelo hospital da outra cidade, e porque o processo de investigação ainda está em curso.