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20/07/2022 às 16h14min - Atualizada em 20/07/2022 às 16h14min

PF e Interpol continuam buscas por empresário apontado como dono de mansão alvo de megaoperação em Sorocaba

Carlos Alberto Bonelli, de 52 anos, estaria vivendo em Portugal e, para não levantar suspeitas, se apresentava como empresário do mercado financeiro.

g1
Divulgação

A Polícia Federal e a Interpol continuam a procura pelo empresário apontado como dono da mansão localizada em Sorocaba (SP) suspeita de ser usada para esconder drogas e dinheiro do tráfico.

Carlos Alberto Bonelli, de 52 anos, estaria vivendo em Portugal. Para não levantar suspeitas, ele se apresentava como empresário do mercado financeiro.

A mansão foi alvo de uma megaoperação de combate ao tráfico internacional de drogas envolvendo funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

A Justiça também determinou buscas em 24 endereços e o bloqueio de R$ 53 milhões em bens dos envolvidos, como dinheiro em conta, imóveis, veículos e aplicações financeiras, etc.

Ao todo, os policiais cumpriram 23 mandados de prisão preventiva decretados, além de 24 mandados de busca e apreensão. Desse total, pelo menos 18 pessoas que são alvos trabalham no aeroporto.

Além de Sorocaba, os policiais cumpriram os mandados na capital paulista, Praia Grande, Guarulhos e também em Portugal. Até o início da tarde de terça-feira, pelo menos 15 pessoas já tinham sido presas — 13 eram funcionárias terceirizadas do aeroporto.

A reportagem contatou a concessionária GRU Airport, que administra o Aeroporto de Guarulhos, e a empresa informou que a operação foi inteiramente "conduzida pelas autoridades competentes".

Segundo a investigação, os funcionários investigados atuavam na área de pista do aeroporto e com os carrinhos que dão acesso à aeronave. Eles colocavam as malas com as drogas direto no porão do avião, escapando da fiscalização e do raio-X da polícia.

O delegado Fabrizio Galli, chefe da Delegacia de Repressão de Entorpecentes (DRE) da PF em SP detalhou como os criminosos atuavam dentro do aeroporto.

"Entrava às vezes pelo check-in, entravam pela área restrita, por alambrados que eram cortados por tratores, que eram passados em locais que normalmente não devem passar, toda a área restrita ali do aeroporto. A gente identificou várias tentativas de embarque de drogas neste período curto de investigação uma grande quantidade de funcionários que passaram pela colocação, pela tentativa de cooptação", disse Galli.

"Anteriormente, a gente encontrava muita droga com passageiro. Mas hoje em dia a gente observa que a droga está sendo exportado no meio da carga, então as quantidades são muito maiores do que era anteriormente", completou.


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