Depois de um pedido dos clubes, a CBF afirmou que estuda o uso das câmeras de vídeo para auxiliar as arbitragens. A entidade depende somente de uma autorização da Fifa para adotar de vez a ajuda eletrônica.
Com a medida, seria criado um novo cargo, o árbitro de vídeo. Ele seria responsável por analisar seis tipos de jogadas: dúvida se a bola entrou no gol ou não, se a bola saiu pela linha de fundo ou não, se uma falta aconteceu dentro ou fora da área, anulação de gols e de pênaltis por faltas claras e indiscutíveis, impedimentos por interferência e ainda jogo brusco ou agressão física.
- Sabemos que é impossível a seres humanos atingir o índice de erro zero na arbitragem. Por isso, considerando a solicitação dos clubes, a CBF pleiteará junto à Fifa a aprovação do uso de imagens da TV para auxiliar os árbitros. Queremos que o Brasil tome a liderança no processo de introdução da tecnologia no futebol e que sirva de referência para outros campeonatos no mundo - afirmou o presidente da CBF, no comunicado.
O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, afirma que o uso da tecnologia não irá acabar com todas as dúvidas durante uma partida. No entanto, espera evitar que erros de avaliação prejudiquem diretamente o resultado em campo.
O comentarista Wagner Vilaron lembrou que a Fifa já autorizou outros testes no Brasil, como o uso do spray, para marcar a posição da barreira nas cobranças de falta, e a presença de auxiliares extras, na linha de fundo. O apresentador Marcelo Barreto crê que o uso do vídeo no futebol pode ser parecido como acontece no vôlei.
A CBF informou ainda que os clubes terão cinco representantes (um de cada região do Brasil) para acompanhar as escalas, notas e sorteios de árbitros nas quatro séries do Brasileirão. Além disso, os nomeados também poderão seguir a reciclagem dos juízes na Escola Nacional de Arbitragem.