O Palmeiras registrou o segundo menor índice de posse de bola de todos os duelos entre brasileiros e europeus, na história do Mundial de Clubes, oficial da Fifa. Foram 29% do tempo com bola no pé, mesmo índice do Santos contra o Barcelona, em 2011. O São Paulo venceu o Liverpool com 27% de posse.
Por outro lado, o time de Abel Ferreira teve o maior número de finalizações no alvo. De seus onze chutes, metade do Chelsea, três foram no alvo.
Muita gente discutiu, nos últimos dias, o conceito de jogar de igual para igual. Os duelos contra a Europa são desiguais desde o caso Bosman. Se os sul-americanos tinha vinte títulos contra catorze da Europa, a soma das copas intercontinentais e Mundiais da Fifa registra 23 títulos europeus e 6 sul-americanos de lá para cá.
Neste período, quem jogou atacando os rivais da Europa foram o Flamengo, de 2019, e o Boca Juniors, de 2007. O Boca teve 49% de posse de bola e chutou 17 vezes, nove no alvo, contra 14 do Milan, sete na meta.
O Internacional venceu o Barcelona finalizando dez vezes, apenas duas no alvo, com 43% de posse de bola.
O Flamengo teve 52% de posse contra o Liverpool, chutou 14 vezes, mas só duas vezes na meta de Alisson. Poderia ter vencido o jogo com uma finalização errada, de Lincoln. Perdeu com gol de Firmino, no nono minuto da prorrogação. O Palmeiras não atacou o Chelsea. Caiu faltando três minutos para a disputa por pênaltis.
Evidente, isto não serve de conforto. Incrível, no entanto, perceber que, mesmo com o abismo Europa x América, as duas últimas decisões entre os dois continentes tiveram prorrogação.
A torcida do Palmeiras recebeu o time na Academia, no retorno de Abu Dhabi, e cantou os nomes de todos os jogadores.