Pelo menos oito pessoas foram mortas durante uma operação policial, na manhã desta sexta-feira (11), na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Por conta do intenso tiroteio, a Secretária Municipal de Saúde (SMS) da capital carioca informou que as Clínicas da Família Felipe Cardoso, Aloísio Novis e Klebel de Oliveira suspenderam as atividades externas.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 17 escolas ficaram fechadas por conta da operação. As aulas devem ser retomadas na próxima segunda-feira (14).
A ação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, foi realizada em conjunto pela PM (Polícia Militar), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e PF (Polícia Federal).
Em nota, a assessoria da Secretaria de Polícia Militar carioca alegou que o objetivo da operação é “conter a ação de criminosos na região, que estariam planejando ataques às forças de segurança que ocupam a comunidade”.
A PRF do Rio de Janeiro afirmou que a operação tem mandados de prisão contra “traficantes de uma quadrilha de roubos de carga”. “Além disso, o alvo é prender o traficante “Chico Bento” do Jacarezinho”, complementou a corporação.
Até por volta das 09h desta sexta, os policiais não informaram a realização de nenhuma prisão. Foram apreendidos sete fuzis, quatro pistolas, 14 granadas, cocaína, maconha e carga roubada, de acordo com o último balanço da PRF-RJ.
“O local foi preservado e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada para perícia”, afirmaram os policiais em nota.
O Complexo da Penha é uma região ocupada pelo Programa de Polícia Pacificadora (PPP), próximo ao Complexo do Alemão, também contemplado com o mesmo projeto.
A operação acontece uma semana, após da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que cobra ao governo estadual do Rio de Janeiro, a criação de um plano para conter a letalidade nas operações policiais.
A elaboração do projeto deve ser enviada para análise do Supremo em 90 dias.
Durante o primeiro mês do ano, houve 227 tiroteios/disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, segundo Relatório Mensal do Instituto Fogo Cruzado.
O levantamento aponta que um em cada três tiroteios na Região Metropolitana em janeiro ocorreu em ações e operações policiais. Ao todo, foram 72 registros, deixando 121 pessoas baleadas. Destas 63 morreram e 58 ficaram feridas.