Após três gerências técnicas da agência recomendarem o aval, a diretora Meiruze Freitas, relatora dos processos, votou pela aprovação dos dois imunizantes e foi acompanhada por seus quatro colegas: os diretores Romison Rodrigues Mota, Alex Campos, Cristiane Rose Jourdan Gomes e Antonio Barra Torres. No caso da Coronavac, a relatora condicionou o aval à assinatura pelo Butantã de um termo de compromisso que prevê a apresentação dos dados de imunogenicidade da vacina até 28 de fevereiro (os relatórios sobre o tema foram considerados insuficientes). O termo, após assinado pelo Butantan, deve ser publicado em Diário Oficial para que a autorização seja válida. A assessoria de imprensa da Anvisa informou, porém, que tanto a assinatura do termo quanto a publicação no DO podem ser feitos de forma eletrônica. As informações de imunogenicidade devem mostrar por quanto tempo dura a resposta imune provocada pelo imunizante. “Após avaliação dos relatórios, ressalvadas algumas incertezas, os benefícios conhecidos superam os riscos potenciais”, disse Meiruze. Já a decisão sobre a vacina de Oxford vale apenas para o uso das 2 milhões de doses que o governo ainda tenta importar da Índia. A decisão valeria após a publicação de extrato ou "ciência oficial" via ofício. Minutos após o fim da reunião, uma enfermeira do Instituto Emílio uma enfermeira do Instituto Emílio Ribas foi a primeira brasileira vacinada contra a covid. A imunização ocorreu em evento convocado pelo governador João Doria, adversário político do presidente Jair Bolsonaro e que disputava com o governo federal a "corrida pela primeira foto" da imunização. O governo paulista informou que a enfermeira pôde ser vacinada antes da assinatura do termo de compromisso pois ela já era voluntário dos estudos da Coronavac, mas havia recebido o placebo. Ao recomendar a aprovação, a gerência geral de medicamentos, que avalia os dados de segurança e eficácia, destacou ainda a necessidadede monitoramento das "incertezas" e a "reavaliação periódica" dos dados das duas vacinas.(EC)