O governo federal recuperou, desde dezembro do ano passado, R$ 6,9 bilhões em recursos do auxílio emergencial pagos a pessoas que não atendiam aos critério do programa, segundo dados do Ministério da Cidadania. O número equivale a 12,6% do que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou, em relatório, como sendo o total de pagamentos irregulares — R$ 54,6 bilhões.
Uma forma usada para buscar os recursos é o envio de mensagens às pessoas que receberam o pagamento indevido. Somente nesta semana, mais de um milhão de brasileiros receberam o aviso pela primeira vez.
Nas mensagens, o ministério pede o ressarcimento do benefício. No total, o governo já fez quatro disparos de mensagens — 2,5 milhões de pessoas receberam 4 milhões de correspondências até o momento.
Os R$ 6,9 bilhões que o governo afirma ter conseguido de volta incluem devoluções voluntárias, restituições no Imposto de Renda e recursos não movimentados dentro dos prazos legais.
O auxílio emergencial foi pago até outubro. Neste ano, o benefício foi pago a 39,2 milhões de famílias, dos quais 23,9 milhões de trabalhadores informais, 10 milhões inscritos no Bolsa Família e 5,3 milhões inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Ao todo, foram pagas 16 parcelas do auxílio emergencial em 2020 e 2021.