O passageiro de voos internacionais da Avianca no Brasil vai perceber nos próximos meses uma série de mudanças, a começar pelo preço das passagens, que a companhia quer derrubar em 20%.
Para fazer isso, a Avianca vai aumentar o número de assentos em 20% em trechos operados em aviões menores, de corredor único. Hoje, todos os voos das rotas de São Paulo e Rio de Janeiro a Bogotá são realizados em aeronaves desse porte.
Na classe econômica, os assentos não vão mais reclinar e não terão mais telas de entretenimento. Além disso, a meta da aérea é cobrar pela alimentação a bordo já nos próximos meses.
Em entrevista, o diretor comercial da companhia, Manuel Ambriz, diz que a ideia da empresa é ter diversas categorias de preço nos voos para ganhar competitividade. Ele critica a regra da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que impede as linhas aéreas de cobrarem até pela bagagem de mão.
Quais os planos da Avianca para o Brasil?
Já retornamos à frequência de voos ao Brasil que tínhamos antes da pandemia, com 14 voos semanais de Guarulhos e 7 do Rio a Bogotá, mas ainda não temos a mesma oferta de assentos porque voamos com aviões de menor capacidade, os narrow body.
Claramente é uma capacidade que queremos aumentar no futuro, não só eventualmente com aviões maiores, mas também com frequências adicionais, se conseguirmos slots (autorizações de horários de pouso e decolagem) em Bogotá, São Paulo e Rio de Janeiro.
A empresa pretende abrir novas rotas no país, para além de um aumento de capacidade?
Sim, uma das vantagens do nosso novo modelo de operação, ponto a ponto (que não exige conexão no aeroporto usado como centro de distribuição; no caso da Avianca, em Bogotá) é permitir que possamos explorar diferentes rotas. Pensamos em abrir voos a uma terceira cidade no Brasil, e rotas diretas partindo de Equador, El Salvador, de Medellín e Cali. Temos uma lista de opções em análise.
Esse plano de expansão de rotas sai do papel em 2022?
Provavelmente é algo para 2023 em diante. Estamos em avaliação contínua da capacidade de operação e contentes com a demanda alta para voos a partir do Brasil e para o país. Isso pode fazer com que adiantemos novas rotas para 2022. Depende da demanda.
A Avianca opera no Brasil com aviões menores, com um único corredor. Eles terão mais poltronas por voo e três categorias de assentos. O que muda para o passageiro?
Ao Brasil, por enquanto, voamos com aviões Airbus A319 e Airbus A320 para o Rio e com A320 para São Paulo, todos narrow body. Isso vai mudar a depender da demanda. Neste momento, nossa frota de fuselagem larga (maiores, com dois corredores) tem hoje Airbus A330 e Boeing 787, mas no longo prazo só teremos os Boeing.