A terça-feira (7) trouxe mais uma noite especial de Champions League para Lionel Messi. Com os dois gols na vitória sobre o Club Brugge, em Paris, o craque do PSG chegou a 758 gols na carreira e superou a marca de Pelé em jogos oficiais.
Os números são do site RSSSF (Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation), um dos mais usados para o uso destes dados de artilharia. Mas, como qualquer comparação do tipo, é claro que há polêmicas.
Pelé tem incríveis 1.283 gols na carreira, somando todos os jogos com as camisas de Santos, New York Cosmos e seleção brasileira. Acontece que, pelo critério de partidas oficiais, uma boa parte dos gols foram "perdidos", como já mostrou o ESPN.com.br há quase um ano.
Assim, pela lista do RSSSF, Pelé aparece com 757 gols. São 643 pelo Santos, 77 com a seleção brasileira e mais 37 pelo Cosmos, último clube de sua carreira, já no fim da década de 1970.
O Rei ainda tinha, há poucos meses, dez gols a mais em partidas oficiais, mas esses foram desconsiderados para a contagem.
Um foi pela Seleção Militar, em 1959, e nove aconteceram pela Seleção de São Paulo, entre 1959 e 1962 – período em que ele defendia o Santos. A “revisão” retirou esses 10 gols, passou a considerar apenas gols oficiais por clubes (Santos e Cosmos) ou pelo Brasil.
Messi, que não tem nada com isso, soma 672 gols pelo Barcelona, 80 pela seleção da Argentina e outros seis pelo Paris Saint-Germain. A soma total, portanto, dá 758.
É a segunda vez que o argentino supera o brasileiro em contas semelhantes. Isso porque, em dezembro de 2020, quando ainda atuava pelo Barça, Messi passou a marca de Pelé como artilheiro de um único clube – de novo contando partidas oficiais. O Santos, porém, se pronunciou contra o recorde, já que o Rei fez 1.091 gols com a camisa alvinegra.
O atacante do PSG, porém, ainda aparece longe de seu eterno rival Cristiano Ronaldo, já que o português chegou há poucos dias à marca de 801 gols na carreira, também só considerando jogos oficiais. Os dois devem travar uma intensa batalha sobre quem encerra a carreira com o recorde.
Além de Cristiano Ronaldo, mais dois nomes aparecem "no caminho" de Messi. O primeiro é Josef Bican, cujos números são incertos, e o segundo é o brasileiro Romário.
Há listas em que o austríaco aparece com 759 gols (um acima de Messi, portanto), outras que consideram 805 gols (número usado pela Fifa, aliás) e também a versão mais generosa, feita pela Federação Tcheca, com 821 gols. Bican jogou entre 1931 e 1955, em uma época em que definitivamente as estatísticas não tinham tanta importância como hoje. E, claro, a documentação dos fatos era muito mais equilibradas.
Já Romário, segundo a contagem da RSSSF, aparece com 762 gols, apesar de, em suas contas pessoais, ter superado a barreira dos mil antes de encerrar a carreira oficialmente, em 2008.