A Polícia Federal de Avaré (SP) deflagrou a 2ª fase da Operação Jurumirim, que investiga o uso de empresas de fachada para sonegar impostos e ocultar movimentações financeiras ilícitas no interior de São Paulo. Quatro pessoas foram presas.
Na tarde de terça-feira (23), mais de 40 agentes federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Federal em Avaré, nas cidades de Itaí, Avaré, Botucatu, Sorocaba e Guarulhos.
O nome da operação se deve ao fato da atuação de grande parte das empresas investigadas e dos principais envolvidos se situarem na região da represa de Jurumirim, localizada no município de Avaré.
De acordo com a PF, a investigação descobriu que empresas de fachadas foram usadas para sonegar impostos e ocultar movimentações financeiras ilícitas, originadas principalmente do contrabando de cigarros. O valor da sonegação gira em torno de R$ 25 milhões.
Vale recordar que na primeira fase da operação, deflagrada no dia 27 de agosto, cerca de 80 agentes federais foram aos locais indicados para cumprir 19 mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, diversos empresários e seus familiares, com o apoio de escritórios de advocacia e de contabilidade, se utilizavam de escrituras em nome de terceiros e pessoas “criadas”, os chamados “laranjas”, exclusivamente para cometimento das fraudes.
Os investigados, por intermédio desses “laranjas”, também negociaram aeronaves, embarcações, veículos e caminhões destinados ao contrabando de cigarros, além de fazendas, imóveis residenciais e, até mesmo, um hospital.
Ainda segundo a corporação, os envolvidos podem ser responsabilizados pelos crimes de associação criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem, na modalidade ocultação.
A ação teve apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Federal.