O júri responsável pelo julgamento do casal acusado de matar a adolescente de 12 anos Vitória Gabrielly condenou nesta terça-feira (9) Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes a 36 anos de prisão. Bruno Marcel foi condenado a pena de 36 anos e 3 meses de prisão pela reincidência em crime; ele cometeu o assassinato enquanto cumpria detenção em regime semiaberto. Mayara recebeu pena de 36 anos.
A sentença foi proferida por três crimes: homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. O motivo torpe, a intenção de assegurar ocultação de outro crime e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima configuraram como qualificadoras do homicídio. Cabe recurso da defesa.
O crime ocorreu em junho de 2018, em Araçariguama, no interior de São Paulo, depois que a adolescente saiu para andar de patins e desapareceu. No entendimento da Justiça, o assassinato se deu em razão de uma dívida de drogas, e a garota teria sido morta por engano.
O julgamento foi realizado no Fórum de São Roque, no interior de São Paulo, a partir da manhã desta segunda-feira (8). Por causa da pandemia de Covid-19, o processo teve medidas de isolamento e não contou com a presença de público. Além dos réus e seus advogados, participaram da sessão quatro testemunhas de acusação, dez de defesa, juiz, promotor, assistente de acusação e os sete jurados.
No primeiro dia de julgamento, houve os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa, que terminaram por volta das 18 horas. Foi então iniciado o interrogatório do casal. Bruno negou as acusações, e Mayara preferiu se manter em silêncio. A sessão foi encerrada por volta das 19h30.
O julgamento foi retomado na manhã desta terça, para os debates entre advogados de defesa e a acusação. A decisão foi proferida pelo júri por volta das 19h30.
Com a sentença, o assassinato da adolescente de 12 anos já resultou em três condenações. O outro condenado pelo crime foi Júlio César Ergesse, que deve cumpir 23 anos de prisão.