O impacto inicial será sentido pelos consumidores, que experimentarão um aumento de 10 vezes na velocidade e uma latência menor, o que viabilizará novas aplicações baseadas em realidade virtual, realidade aumentada e vídeo HD. Nos países com redes 5G em operação, como os EUA, se observa inicialmente um aumento expressivo no consumo de dados atingindo 35 gigabytes por mês.
Mas a grande novidade da tecnologia 5G é que ela foi projetada não apenas para os consumidores, como nas gerações anteriores, mas para ser uma plataforma que suporte a transformação digital das empresas e a internet das coisas, oferecendo garantias de nível de serviço (velocidade, latência, disponibilidade etc).
Um bom exemplo do potencial de utilização do 5G é a automatização de portos como o de Santos (SP). Com o 5G é possível monitorar a localização de cada um dos milhares de contêineres e otimizar e automatizar a sua movimentação com grandes ganhos de produtividade e impacto na economia.
É importante, no entanto, ressaltar que a tecnologia 5G deve chegar de forma gradativa. Medições realizadas pela OpenSignal em cidades onde existe 5G indicam que um usuário dessa faixa fica em média 11% do tempo conectado a ela. A melhoria da cobertura ocorre com um aumento das antenas, mas durante muito tempo 5G e 4G devem caminhar juntos.
As aplicações para empresas também estão em uma fase inicial de desenvolvimento. As operadoras chinesas investiram recursos em milhares de casos de uso nos últimos dois anos e agora estão abandonando a maioria deles para estreitar seu foco nas aplicações com maior viabilidade econômica.
No Brasil também, operadoras, empresas e startups terão de encontrar os casos de uso de sucesso para o nosso País.